O cruzamento de forças difere do cruzamento de correntes porque pode ser um trabalho em que se cruzam forças de outras linhas ou forças de nossa própria Corrente. Nos Tronos, por exemplo, trabalhamos com as forças cruzadas dos Pretos Velhos e dos Caboclos.
“Não se cruza uma força. As forças dificilmente se cruzam. Sim, filho, uma força cruzada... Salve Deus!”
Eu conheci uma certa senhora por nome Calu, que era macumbeira e ninguém brincava com ela. De fato, fui acompanhá-la. Era perto da UESB. Foi feita uma matança de bichos. Foi uma coisa tão violenta que eu, em um canto, tive medo.
Contei na UESB o que vira e tive o resultado.
Disseram que um certo fazendeiro se candidatara a Deputado Federal e queria abater seu adversário. Fiquei muito impressionada e fui, voluntariamente, conhecer o paradeiro da vítima. Quando o encontrei, qual não foi minha surpresa: ele estava apenas com uma força esparsa de um cruzamento.
Dez dias depois, os animais continuavam amarrados nas árvores, ainda intactos. Mais de dois bodes e outros bichos, que não sei bem agora, estavam secos, não tinham cheiro, nem nada. Era, apenas, uma força esparsa, ou melhor, um cruzamento esparso.
Cruzamento, força cruzada na macumba, é realmente grave, muito grave!
Pelo simples descuido, no Templo, pegamos uma força esparsa.
A força cruzada é algo delicado em todos os sentidos.
A força que não se cruza é a Força Absoluta, projetada forte. de poder simplesmente objetivo. A força cruzada dos Caboclos com os Pretos Velhos é curadora e desobsessiva. Se houver um descuido ou desrespeito, eles, em vez de projetarem na sua necessidade, deixam que ela fique em seus caminhos, tomando conta de sua visão, e poderás sofrer por um longo tempo, porque ela passa a alimentar os seus elítrios!
Salve Deus! Sendo cruzada pelos Exus, tudo mal, não preciso explicar...
Se recebermos uma força cruzada por Exus e estivermos bem assistidos pelos nossos Mentores, ela muito pouco poderá nos aborrecer. Os fenômenos dos quais falamos são forçados por amor ou por desespero.” (Tia Neiva, 5.3.79)
Fonte: Tumarã
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