Numa das passagens do Evangelho, Mateus (VIII, 16 e 28 a 32) nos relata: “E, chegada a tarde, trouxeram a Jesus muito endemoninhados e Ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos.(...)
E tendo chegado à outra banda, à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.
Eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? E andava pastando diante deles uma manada de muitos porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. E Ele lhes disse: Ide! E saindo, eles se introduziram na manada de porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram noas águas.”
E, em IX, 32 e 33: “Trouxeram a Jesus um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo, e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel!”
O obsessor persegue e assedia um encarnado de forma implacável, em constante troca de energias. O afastamento de um obsessor só se faz quando ele é atingido pelo ectoplasma do Doutrinador.
Em Marcos (I, 23 a 26) foi dito: “Estava na sinagoga um homem com um espírito imundo, o qual exclamou: Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei que és: o Santo de Deus! E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te e sai dele! Então, o espírito imundo, convulsionando-o e clamando com grande voz, sai dele.”
Na verdade, o obsessor, na maioria dos casos, só se retira pela solução da razão do assédio ou pela sua conscientização na doutrina recebida em diversas passagens pelos trabalhos. Raramente ele se afasta com um só trabalho, e devemos ter muita cautela em trabalhos especiais, pois um afastamento forçado pode resultar em efeitos piores do que a própria obsessão.
Existem falanges de espíritos que, em ocasiões de guarda aberta de um encarnado, exercem ações obsessoras, como, por exemplo, os Alaruês, os Exus, os Falcões e legiões de Murumbus, Murussangis, Muys, Sexus e outros sofredores do Vale das Sombras.
“Vivemos a marcha evolutiva para uma Nova Era.
Aprender para ensinar; conhecer a filosofia das falanges do Céu e da Terra; dos que se dizem nossos inimigos. De acordo com todo o nosso acervo de conhecimentos, temos nesta grande precisão de estar bem esclarecidos da vida fora da matéria.
Há algum tempo, descrevi o problema das atuações obsessivas, fenômeno não registrado mas que existe nas neuroses obsessivas do espírito, que sofre incontroláveis atuações sem interrupção. Estando em seqüência, verificamos uma projeção nas mais recentes manifestações.
Nestas projeções é que nos enganamos, porque a vítima ou paciente fica com o corpo oscilando, como sempre acontece, sem conseguir se equilibrar. Apesar de minha calma aparente, também muitas vezes preciso ter cuidado, porque as projeções são tão fortes que podem me desequilibrar.” (Tia Neiva, 7.9.77)
“Qualquer espírito penetra, e faz sua maldade. Vejam quantas infelicidades poderá fazer!... E de seu plexo nada poderá oferecer.
Geralmente, se descrêem da Doutrina, a ponto de deixá-la.
O Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de um espírito cobrador em um Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida de um Homem. Sim, o Doutrinador é a única testemunha defesa. (...)
O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha insistência! Nos enfermos, pela atuação de uma projeção negativa, obsessiva, a tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um diagnóstico preciso para levar a vítima ao seu objetivo. Não é muito fácil distinguir a situação precisa do caso.
É verdade que a razão não se afasta de Deus. Deus é absolutamente Fé e absolutamente Razão! (...)
Existe a esquizofrenia por uma pena passiva; a esquizofrenia ativa e a esquizofrenia hereditária - a mais perigosa, porque envolve toda a família. É um elítrio em cobrança, anulando a personalidade e se reajustando. (...)
O aparelho, quando está fora de sintonia espiritual ou anímico, os espíritos sem luz têm mais acesso sobre ele, de maneira que o seu padrão fica obsidiado ou obsedado. O obsidiado tem a possessão, ou melhor, algum espírito perseguindo ou protegendo, chamando-o à responsabilidade. Vem, então, a história de um médium obsedado.
É bem parecido com o esquizofrênico, de maneira que ele vai se desenvolvendo e vai melhorando. O obsedado por elítrio tem sua cura feita pela manipulação de forças mântricas desobsessivas, passes e, também, por medicamentos.
Agora, vem a história do obsedado que se diz às portas da morte e, inclusive, leva os médicos a crerem e a encharcá-lo com psicotrópicos, choques, etc. A este, pouco podemos fazer.
Vem o psíquico que se sente infeliz, desprezado, mal amado: Este é fácil - desenvolve, e tudo bem... (...)
Falando melhor no obsidiado, um espírito de Luz pode obsidiar um médium. Um Caboclo, da Falange Pena Branca, que tem as suas técnicas, pode permitir que um cobrador se infiltre no seu tutelado e levá-lo à obsessão, caso ele esteja caminhando para a sua própria destruição. Este médium, cuja obsessão foi permitida pelo seu próprio Mentor, entra sempre carregado pelos seus familiares, que o acham muito mal. A falta de religião dos seus pais o fez assim. Sua cura pode ser bem difícil, ou bem fácil, desde que ele, o portador, se conscientize.” (Tia Neiva, 13.9.84)
Fonte: Tumarã
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