Da base na Egea, os Capelinos sobreviventes da submersão de grandes áreas pelas águas do Mediterrâneo se deslocaram para as regiões costeiras, formando três grandes raízes: EGÍPCIOS, GREGOS e HEBREUS. No Egito não há registro histórico de uma religião, mas, sim, uma evolução diversificada de várias correntes, com variados e numerosos deuses cultuados nas diferentes regiões, com um ponto comum: o Livro dos Mortos, guia da grande viagem – Amenti - que as almas desencarnadas deviam fazer até o País dos Mortos.
O ramo principal das religiões do Antigo Egito afirmava ser Osiris o Deus-Sol, do Bem e da Luz, tendo como inimigo Set, o Deus das Trevas. A cada dia, Set mata Osiris ao entardecer e, enquanto Isis, a Lua, chora pelo seu amado, Set governa a Terra em trevas. Ao Amanhecer, Horus – a Força da Terra -, filho de Isis e Osiris, combate e derrota Set, ressuscitando Osiris, que volta a brilhar e a iluminar a Terra.
É a luta eterna entre o Bem e o Mal, que se repete a cada dia. Um dia, Horus tornou-se rei do Egito, dando origem à linhagem dos faraós, reis-deuses, iniciada por Menes, no ano 3315 AC. A linhagem dos faraós cercou-se de numerosos sacerdotes e teólogos que pregavam ter o Homem um duplo – Ka – equivalente ao corpo astral. Só que este corpo astral ficava no plano espiritual e atuava como um anjo da guarda. Quando o Homem desencarnava, eram reunidos a sua alma – Ba -, o seu espírito – Akh -, o seu conjunto de forças – Sekhem – e Ka, e compareciam perante Osiris que, com quarenta juizes, pesava e julgava o coração do morto.
Se julgado bom e justo, a alma se identificava com Osiris e era conduzida a planos elevados; se julgado faltoso, a alma era encaminhada a planos de sofrimentos e dores. Assim, tudo dependia do coração do Homem. Na linha egípcia encontramos Hermes, chamado Trimegisto (Três Vezes Grande), a quem se atribui o Livro dos Mortos e o aforismo: “Como é acima, é abaixo”, ou seja, “Assim na Terra como no Céu”.
Enquanto uns consideram Hermes como um grande filósofo egípcio, outros o colocam como um deus grego, filho de Zeus e Maya, conhecido pelos romanos como Mercúrio, mensageiro de Zeus, protetor dos mercadores e dos rebanhos, e guia dos mortos para o outro mundo. Dessas origens, temos Akynaton, também denominado Amenófis IV, e sua esposa Nefertiti, uma ariana, princesa de Mitani, que muito se dedicou à Lei do Auxílio, ajudando na unificação das religiões do povo egípcio, instituindo o culto de Aton, o Deus Único. Raio derivado de ATON, Raiz de Simiromba, Akynaton age, na nossa Doutrina, de modo concentrado no Leito Magnético e em trabalhos de elevado grau de realização, como o Turigano e a Estrela de Nerhu.
Não se desloca sem uma grande razão, pois concentra forças muito intensas, que devem ser manipuladas apenas em locais onde haja grande concentração de médiuns e uma força magnética animal muito ativada, para que lhe permita se deslocar plenamente. Tem todo o poder de Amon-Rá, e se projeta no chakra coronário do médium, fornecendo-lhe toda a energia para realizar eficiente e eficazmente seu trabalho. É uma grande energia, gerando força desobsessiva, curadora e geradora.
Através dela se manipulam todas as outras energias que cheguem ao trabalho ao qual está em ação. Akynaton também rege as amacês que conduzem os espíritos sofredores para o Canal Vermelho. O faraó Akynaton foi o representante, na Terra, desse Raio, tal como, hoje, os Arcanos representam seus Ministros. Nefertiti, um espírito de Luz, tem sua força invocada em diversos rituais, especialmente na Elevação de Espadas, mas, por suas condições, seu campo de atuação é em outros planos.
Outra raiz dos faraós é invocada no poder dos Ramsés, especialmente de Ramsés II, considerado o maior deles, guardiões de Amon-Ra e conhecedores da Alta Magia, atuando na Cruz do Caminho, em conjunto com o Povo das Águas. Horibe, a suma-sacerdotisa de Horus em Karnak, era a Princesa Aline – a Princesa das Dharman Oxinto - reencarnada. Naquela época, o povo não entrava nos templos. Somente sacerdotes e sacerdotisas e os faraós tinham acesso aos recintos sagrados. O povo aguardava, do lado de fora, a manifestação dos deuses.
E havia um grupo de sacerdotisas de Horus, lideradas por Horibe, que, com ajuda de Nefertari, a esposa do faraó Ramsés II, realizava grandes fenômenos entre aquela gente, portando energias maravilhosas, fazendo curas físicas e desobsessivas. Participando de grandes rituais, os poderes de Horibe eram tão grandiosos que ela passou a ser representada pela figura humana com cabeça de falcão - a cabeça de Horus, como se pode ver nas gravuras da época, onde se representa, também, a grande a afinidade entre Horibe e Nefertari.
São muitas as representações de Nefertari dando a mão a Horibe, carregando a Cruz Ançanta, chave da Sabedoria, da Vida e da Morte. Essa união se fazia sempre presente. Na maior festa ritualística da época, quando Ramsés II retirava o símbolo de Amom-Ra de seu Oráculo, em Karnak, e o levava, velado, em procissão de barcos pelo Nilo, acompanhada pelo povo nas margens, até Luxor, onde ficava um mês. Ao final desse período, o cortejo se fazia na volta de Amom-Rá para seu Oráculo em Karnak, onde o barco era recepcionado, no palácio, por Nefertari, Horibe e as sacerdotisas de Horus.
Pela grande energia de que era portador, esse grupo de sacerdotisas, liderado por Horibe, desempenhou importante papel no decorrer dos tempos, encarregando-se dos primeiros passos iniciáticos, conduzindo os mestres a serem consagrados pela Iniciação de Osiris. Quando a Rainha Exilada saiu da Grécia, tendo sido poupada sua vida por interferência de Pytia (uma das encarnações de Tia Neiva), como se revive hoje no Turigano, ela foi para um palácio na região do Delta do Nilo.
Ali, se dedicou à cura de todos os necessitados que a procuravam, dando-lhes abrigo, e marcando, na trilha, a entrada para o palácio, com uma cruz. Era a Cruz do Caminho! E, para ajudá-la, veio do Egito o grupo de sacerdotisas de Horus. Horibe já estava no Plano Espiritual, comandando suas Missionárias do Espaço, e emanando e protegendo o grupo que foi para a Cruz do Caminho. Em Delfos, Pytia organizou as primeiras falanges missionárias - Yuricys, Muruaicys e Jaçanãs -, e providenciou para que, na Cruz do Caminho, começassem as Iniciações Dharman Oxinto, que significa A CAMINHO DE DEUS, entregues às sacerdotisas de Horus, que receberam o nome de Missionárias Dharman Oxinto.
Por isso, na Cruz do Caminho, onde são manipuladas as energias dos Ramsés e do Povo das Águas, as Dharman Oxinto têm lugar de honra e guarda a Mãe Yemanjá. A raiz egípcia também é invocada pelas forças que nos traz do rico Vale dos Reis, onde estão as ruínas materiais de uma grande era, o poder dos faraós e de suas rainhas – no Vale das Rainhas -, situado à margem ocidental do Nilo, onde o Sol se põe, na representação da Morte. Karnak, na margem oriental, onde está o Oráculo do Amon-Ra e o dia amanhece, representa a Vida.
Tia Neiva teve uma reencarnação como Cleópatra, a rainha dos dois Egitos, quando viveu um grande romance com Júlio César e, depois, com Marco Antônio (Mário Sasse), reunindo as raízes do Egito e de Roma em marcante existência. Um grupo de sábios marcou essa raiz, na Alexandria, onde existiu a mais completa biblioteca do mundo antigo, com atividades de Apolônio, Aristarco, Arquimedes, Erastóstenes, Euclides, Heron e Ptolomeu.
Importante influência no final das dinastias de faraós teve a Núbia, região nordeste do Egito, denominada País de Cuxe, conquistada pelo faraó Zer, da 1ª dinastia, quando reis da Núbia, com sede em Napata, foram também reis do Egito. Essa raiz se faz presente na Estrela de Nerhu, projetada nos mestres que acompanham as ninfas Esmênias, que vão para os esquifes, denominados Núbios de Amon-Ra. Foi de grande valor a influência egípcia na formação da raiz hebraica e do povo israelita.
Fonte: Tumarã
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