MEDIUNIDADE
(Recomendável ler, antes, a parte 1)
Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato natural, real e comprovável em qualquer pessoa.
A base da mediunidade é uma energia sutil que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus sentimentos e pensamentos.
Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo, conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa.
A idéia da mediunidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que no seu manual DSM IV, recomenda aos clínicos que devem ser muito cuidadosos ao tratarem de casos em que o paciente alega estar ouvindo ou vendo espíritos de pessoas desencarnadas porque isso não se liga a qualquer processo patológico.
Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida. O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa, isto é, esteja ou não integrada no Sistema Crístico.
O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação e amor.
Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente.
Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação.
Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade; e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais. As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos.
No início do desenvolvimento é revelada ao médium a definição da mediunidade de que é portador (veja TRIAGEM) e começam a lhe ser dados ensinamentos básicos - técnico, doutrinário e místico - objetivando aumentar o potencial energético do médium e diminuir a distância entre sua individualidade e sua personalidade.
Apenas, para preparar corretamente o plexo de médiuns que hajam passado por outras correntes, pode ser necessário que ele permaneça algum tempo como Doutrinador e, depois de equilibrado, assuma sua verdadeira condição como médium de incorporação.
Os médiuns desenvolvidos apreendem mais pela sua percepção mediúnica do que pelas suas qualidades psicológicas ou culturais. A assimilação da Doutrina depende das situações individuais e cada um aprende à sua maneira.
Embora saibamos que existem inúmeras manifestações mediúnicas em crianças e adolescentes, muitas das quais se apresentam como verdadeiros fenômenos, consideramos que a mediunidade é uma força que se modifica com a idade e, na Doutrina do Amanhecer, temos o maior cuidado em conter os fenômenos que se apresentam precocemente, pois até cerca dos 18 anos o magnético animal age no desenvolvimento do plexo físico - o corpo - e o desenvolvimento ou o trabalho precoce, antes dessa idade, pode gerar deficiências físicas pelo desvio da ação do magnético animal.
A mediunidade se renova e reativa pelo trabalho. Por isso, a constância no trabalho mediúnico é importante, pois o médium vai se fortalecendo e aprimorando, ampliando seus limites e seu poder de ligação. O médium que é inconstante, que se deixa levar pela preguiça ou pouco caso, não consegue a confiança dos Mentores e nem a dos pacientes.
Depois de considerado apto após o Desenvolvimento (*), o médium do Amanhecer recebe sua consagração na Iniciação (*), e passa a atuar ativamente na Lei do Auxílio, caminhando para obter novas consagrações - Elevação de Espada (*) e Centúria (*) - que irão aumentar seu potencial e sua responsabilidade.
(Segue a parte 3)
Fonte: Tumarã
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