PÉRSIA
O povo iraniano, da linha Ariana, composto por duas grandes tribos – Persas e Medos -, ocupou grande área no planalto entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico, cerca de 2000 AC. Em 559 AC, Ciro, rei persa, unificou as duas tribos e iniciou grandes conquistas, que foram ampliadas por seus sucessores, especialmente por Dario (521-486 AC), organizando os territórios em satrápias ou províncias, dirigidas por um governador civil e um comandante militar, estando sempre presentes funcionários especiais – “os olhos do rei” – cuja missão era verificar se tudo estava de acordo com as instruções e ordens reais.
Havia muita prosperidade para os povos, com redes de irrigação, estradas, culturas alimentícias e de árvores, e com o comércio estimulado pela criação de bancos e uso de cheques bancários. Em 500 AC foi fundada a religião persa, por Zoroastro – ou Zaratrusta – que significa Estrela Dourada ou Esplendor do Sol – que divulgou o Zend-Avesta, coleção de textos sagrados a ele revelados pelo Senhor e Grande Sábio Ahura-Mazda, na Pérsia, onde se revelava a luta entre o Bem – Ormuz, servido pelos gênios do ar, do fogo, da água, do Sol, da Lua e das estrelas – e o Mal – Ahrimán, servido por espíritos destruidores. O juiz das almas desencarnadas era Shraosha, auxiliar de Ormuz. Os templos eram sem pinturas ou imagens, só sendo cultuado um fogo simbólico de Deus.
Mais tarde, surgiu uma entidade do Bem – Mitra – deus luminoso que ajudava a Humanidade. No ano de 242 houve uma tentativa de alterar o Zend-Avesta, feita por Mani ou Maniqueu, um babilônio que sofreu perseguições e acabou crucificado pelo rei persa Sapor I. O Maniqueismo pregava a dualidade dos seres, com o Bem e o Mal presentes em todos. A alma luminosa do Homem estaria encerrada no corpo escuro da matéria.
O Sol e a Lua seriam apenas manifestações da Luz, e não deuses. Jesus era um mensageiro da Luz Divina e suas parábolas deveriam ser estudadas com atenção. Por isso adotaram o batismo e a comunhão. Os seguidores desta doutrina surgiram por toda a Europa, principalmente na França, onde formaram uma seita poderosa, chamada de Cátaros ou Albigenses, que se propagou pelos países vizinhos e foi cruelmente destruída pela Inquisição.
O império Persa sucumbiu rapidamente ao ser o rei Dario III derrotado por Alexandre Magno, no ano 331 AC. A Pérsia foi o grande centro propagador das idéias de bons serviços comunitários, que visavam o bem-estar do povo e o aumento da produção e da comercialização de produtos, gerando o enriquecimento de cidades e levando à melhoria de níveis sociais de seus habitantes.
A linha Ariana, neste sentido, evoluiu bastante, servindo como base às sociedades grega e romana, que souberam apreender o que de bom estava à disposição nas antigas civilizações, indo dar enchimento racional e espiritual às estruturas persas.
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