As Nityamas surgiram na Planície Peloponense, numa povoação de onde os homens saiam em grandes tropas mercenárias para as guerras, deixando as mulheres para cuidar das casas. As batalhas cruentas causavam enorme mortandade, e poucos voltavam, geralmente aleijados ou com graves ferimentos.
Um grupo de moças se reuniu a uma pitonisa chamada Magdala, Madrinha dos Devas, que trouxera da Índia poderoso sacerdócio, com muitos conhecimentos esotéricos, tratamentos com ervas e trabalhos espirituais.
Magdala fora expulsa de uma grande cidade, onde uma doença desconhecida se alastrou rapidamente, matando grande parte da população antes que os médicos locais pudessem saber do que se tratava. Magdala havia conseguido muitas curas, sem nada cobrar de seus pacientes, o que originou imensas filas diante de sua porta, gerando ódio das autoridades e médicos, que a expulsaram.
Magdala deu ao grupo de moças o nome de Nityamas. Elas faziam fogueiras, invocavam espíritos, trabalhando para proteção dos homens que iam às guerras, e estes, após longa ausência, retornavam a seus lares sãos e salvos, após as batalhas.
Animadas com a força de Magdala, que tinha a Voz Direta do Céu, as Nityamas trabalhavam com confiança e o espírito de guardiãs que possuíam era tão sincero e sublime que alimentava suas vidas. A fama delas se espalhou e muitas princesas e fidalgas que estavam solitárias por terem seus companheiros partido para as guerras, se apresentaram para ser uma Filha de Devas, uma Nityama.
Dentro da tradição cigana, dançavam ao redor de fogueiras, de onde recebiam energias, liam mãos, profetizavam, representavam peças, sempre cobrindo seus rostos com véus, que só eram retirados pelo noivo no momento do casamento.
Eram temidas por toda aquela região, pois, como Filhas de Devas, tinham poderes para controlar as condições meteorológicas, invocando deuses, desencadeando tempestades.
Os homens que ficavam na aldeia, inválidos ou muito jovens para participar de combates, começaram a ajudar as Nityamas, e receberam sua consagração como Magos, Filhos de Devas, após desenvolverem sua mediunidade e adquirir poderes espirituais.
Como as Nityamas tinham dificuldades materiais, faziam suas roupas com pedaços de tecido colorido, razão pela qual, no Vale do Amanhecer, suas indumentárias são formadas por nesgas coloridas.
Como é uma falange destinada às crianças e adolescentes, a partir dos 12 anos pode ser usada sua indumentária, mas, até completarem 18 anos, só poderão ficar no Templo até às 20 horas. Nityamas e Magos formam filas magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente e acendem a Chama da Vida.
As Nityamas Madruxas (*) foram instituídas em 1981, após o casamento da Primeira Nityama Ana Maria, ninfa do Adjunto Adejã, Mestre Fróes, 2º Filho de Devas, que foi a primeira Madruxa consagrada. Passa a Madruxa a Nityama que se casa. Madruxa é a madrinha das Nityamas.
Nityamas e Magos são classificados na Falange Sublimação. O Adjunto de Apoio das Nityamas é o Adjunto Alássio, Mestre Moraes, sendo seus prefixos Isis e Isis-Ra.
Visando dirimir dúvidas e adequar o ingresso e a participação das ninfas nas falanges, bem como as suas atribuições, os Trinos Presidentes Triada, em reunião realizada com os Mestres Devas (Alufã, Adejã e Umaray), no dia 3.10.98, decidiram que a partir desta data deveriam ser observados os seguintes procedimentos (Orientações às Falanges Missionárias N.º 1):
1. Fica limitada a 12 anos a idade mínima e a 18 anos a idade máxima para os jovens ingressarem nas falanges de Nityamas/Nityamas Madruxas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes Mayas. Os referidos mestres e ninfas poderão pertencer às respectivas falanges por tempo indeterminado, ou seja, não haverá idade limite para deixarem as suas falanges. A partir dos 16 anos de idade, o jovem que não desejar participar de uma das falanges citadas poderá escolher outra falange missionária de sua afinidade;
2. A ninfa que desejar ser uma Nityama Madruxa deverá ser casada ou ter condição equiparada. Não haverá limite máximo de idade para o ingresso das Nityamas Madruxas, desde que sejam vindas das Nityamas;
3. A emissão reduzida (provisória) deverá ser utilizada pelas Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes, não centuriões, exclusivamente para acender a Chama da Vida no Turigano, quando da Entrega das Energias. Frisamos que não poderá ser utilizada nos trabalhos de Abatá, Alabá, Quadrantes, Anodização, Sandays etc.;
4. Nos Trabalhos de Julgamento e Aramê a corte de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes deverá ser liberada logo após conduzirem a representante da Condessa Natharry ao seu posto. Não deverão permanecer no Turigano até a incorporação de Pai João de Enoque ou o término do Aramê. Após apagarem a Chama da Vida, o Mago e a Nityama escalados deverão ser liberados;
(...)
8. A ninfa somente deverá participar de uma falange missionária quando receber a sua Consagração de Centúria, com exceção do ingresso nas falanges de Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes. Contudo, se desejar, está liberada a fazer a sua consagração com a indumentária da falange;
(...)
10. Na Consagração de Falange Missionária, no Dia do Doutrinador (1º de Maio), nas cortes da Consagração dos Adjuntos, somente poderão participar as missionárias(os) com as suas respectivas indumentárias. Não deverão participar de uniforme de Jaguar, branco ou qualquer outra indumentária;
(...)
15. A partir desta data, a emissão de todas as missionárias(os) deverá ser entregue pelo Castelo dos Devas, com a apresentação, por escrito, da Primeira ou Primeiro da falange, conforme modelo padronizado pelos Devas, exceto as emissões das ninfas e mestres das falanges de Nityama, Grega, Maya, Mago e Príncipe, não Centuriões, as quais devem ser entregues pela Primeira ou Primeiro após uma avaliação para acender a Chama da Vida.
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