BABILÔNIA
Por volta de 1728 a 1686 AC, o rei Hamurabi, da Babilônia, conseguiu o domínio de toda a Mesopotâmia e regiões vizinhas, substituindo os príncipes por governadores de província sob o comando centralizado da Babilônia, editando leis que formaram o Código de Hamurabi, conhecido como a lei do “olho por olho, dente por dente”, que prevaleceu entre as diversas linhas da região até a chegada de Jesus.
A sociedade compreendia três classes: nobres ou grandes proprietários; pequenos proprietários, que possuíssem servos; e os escravos, geralmente prisioneiros de guerra, mas que podiam tornar-se proprietários. Se um escravo se casasse com uma mulher livre, os filhos seriam livres. Foram estabelecidas regras para o comércio, onde surgiram contratos, acordos, uniformidade de pesos e medidas de metais preciosos, empréstimos de dinheiro a juros, que eram pagos com cereais ou com prata, e seguros contra enchentes.
Em 1530 AC, os Hititas invadiram a Babilônia, dando início a uma onda de conquistas da cidade, que só findou em 605 AC, quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, venceu os egípcios e estendeu seu império desde a Mesopotâmia até o Egito. Em 586 AC, conquistou Jerusalém e mandou para a Babilônia a maior parte do povo de Judá como escravos. Nabucodonosor reconstruiu e ampliou a velha cidade.
Com cabalas e templos, a nova Babilônia era uma imponente cidade murada, podendo comportar 200 mil habitantes. Seu templo principal tinha 8 andares, erguendo-se a uma altura de 99 metros do nível do solo, com base de 28 metros quadrados. A nova civilização babilônica só viveu por 87 anos, quando Ciro derrotou o rei Nabunido, da Babilônia, que passou a pertencer à Pérsia. Tinha a religião babilônica sido influenciada pelos assírios.
As divindades apresentavam características humanas, em um antropomorfismo religioso, sublimadas e um grau elevado, mas com famílias, defeitos e virtudes. Havia duas trindades de deuses, uma cósmica (Anu, o Céu; Ellil, o Ar; e Ea, a Terra) e outra astral (Shamash, o Sol; Sin, a Lua; e Istar, o planeta Vênus). Muito venerados, entre o grande panteão babilônico, eram Adad, deus das tempestades; Assur, deus guerreiro; e Marduk, criador e ordenador do Universo.
Os zigurates ou cabalas eram construídos em planos elevados, com a escada representando a ligação entre o Céu e a Terra. Praticavam a cura desobsessiva, colocando um animal junto ao paciente para que o espírito obsessor passasse para ele. A magia e a adivinhação eram largamente usadas, fazendo-se previsões com fígados de animais, vôos das aves, interpretações de sonhos e oráculos. Tinham vida religiosa intensa, com rituais e cultos, sendo o rei o chefe supremo das diversas categorias de sacerdotes, que compreendiam adivinhos, exorcistas, cantores, magos, purificadores e muitos outros.
A maior festa era o Akitu – o ano novo babilônico -, em que havia um grande desfile com as estátuas de todas as divindades e uma imensa quantidade de súplicas implorando prosperidade para o ano que se iniciava. Assim, a Babilônia representou a grande dificuldade para se manter a linha dos Hebreus, quando Jerusalém foi conquistada e seu povo escravizado. Houve grande pressão para que os Judeus aceitassem os deuses da Babilônia, o que representou grande provação para a confiança e a fé dos Hebreus em seu Messias e nas lições do Velho Testamento.
A Babilônia representava o poder da matéria, dos bens terrenos, em níveis que nem sequer haviam sido imaginados pelos Judeus. Foi representada pela figura de uma prostituta, que trocava por licenciosidade os bons costumes e os bens morais dos Hebreus. Foi um importante teste pelo qual passou – e venceu – a raiz hebraica.
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