PAI JOAQUIM DAS CACHOEIRAS
Salve Deus.
Esse texto foi repassado via e-mail, pelo Adjunto Adelano, ao Adjunto Odevanto, que o publicou, e nós, para enriquecer o nosso blog pegamos “emprestado”, acreditando que, tanto Adelano quanto Odevanto, não se incomodariam por isso.
Salve Deus!
Em nossa doutrina muito do que aprendemos em relação à vida e suas intricadas situações, principalmente no que diz respeito ao outro, nossos amigos Pretos Velhos, como uma extensão de nossa família nos tem proporcionado.
Mesmo a antes da participação nesta corrente mediúnica, esta relação espiritual com o Preto velho já existia. Entre tantas situações transcendentais existem inúmeras, vamos aleatoriamente escolher uma para homenagear esses grandes veteranos espíritos.
O Ano era 1840, estado da Bahia, uma fazenda pelas imediações de Salvador chamada Fazenda Barro Fundo. Seu proprietário era um coronel muito severo chamado Germano Gonçalves Ledo. Pai de três filhos, uma Sinhazinha e dois jovens que estudavam direito na Cidade de Salvador. Sua esposa muito ligada às tradições católicas era quem cuidava das atividades da Casa Grande. Muitos negros e negras, que haviam sido trazidos nos Navios Negreiros da África arrancados brutalmente de suas famílias e forçados a trabalhar nos cafezais, canaviais e também nos afazeres domésticos recebendo como pagamento muitos maus tratos e pouca comida.
Entre esses personagens haviam alguns em especial e que fazem parte dessa história: Germano, o dono da fazenda, seus três filhos e esposa, os dois capatazes Armando e José Ferreira, Joaquim (Quinzinho), e a cozinheira Ninina.
A Fazenda Barro Fundo era muito produtiva, haviam por volta de cento e cinquenta escravos que ali trabalhavam entre as várias atividades e os dois capatazes coordenavam mais 10 outros homens que ficavam na responsabilidade de fazer trabalhar esses escravos.
A negra Ninina, além de ser ama de leite, criara Maria Ferreira, uma jovem muito bonita, mas que também era muito arredia e gostava dos mimos que seu pai lhe dera. José Ferreira, o segundo capataz nutria uma paixão escondida pela Sinhazinha Maria Ferreira que Ninina a negra cuidara desde criança. Quinzinho era um negro já de bastante idade que tinha como função buscar lenha para fazer funcionar o imenso fogão da Casa Grande.
Um certo dia estavam Quinzinho e Ninina na Senzala da fazenda quando a Jovem Maria Ferreira resolveu se aproximar, pois havia ouvido os cânticos e o som do atabaque que ressoam na noite de lua cheia. Quando os escravos notaram sua presença, pararam tudo. A Jovem fez sinal para que continuassem, aproximou de Ninina e deitou em seu colo, que logo foi carinhosamente acariciado pela mãe de leite.
A Mãe da jovem que era católica fervorosa era orientada pelo Padre Ambrósio, jesuíta de formação, a não aceitar os ritos daquele povo, que eram chamados de pagãos e selvagens pelo religioso. Tinha ele feito algumas tentativas de sua catequese, inclusive os nomes eram oriundos desse batizo forçado. A Sinhá Silvina avisada pelo capataz Armando que sua filha estava na Senzala ordena que os capatazes juntamente com o restante dos homens fossem a senzala e acabasse com aquela festa. Além de acabarem com aquela celebração, os negros foram punidos no tronco. Inclusive Quinzinho e Ninina.
Na lua cheia seguinte os negros tinham o compromisso de se apresentarem para seus ancestrais e Ninina pediu a jovem Maria que intercedesse junto ao capataz que tinha por ela uma paixão escondida para que desse a oportunidade para que eles pudessem se encontrar com seus ancestrais. Ela foi até o capataz chefe Armando, que permitiu que naquele dia fosse feita a celebração.
Quinzinho (Pai Joaquim das cachoeiras) era quem buscava lenha para alimentar o grande fogão, quando trazia lenha verde era punido severamente pelos capatazes a mando do Coronel Germano. Ninina fazia quindim de queijo para sua tão querida jovem Maria. E o tempo foi passando para nossos personagens e Quinzinho já estava com mais de oitenta anos, já não conseguia buscar as lenhas, quando o Coronel chamou Armando e disse que vendesse o preto velho. Armando gostava muito do negro e juntou alguns contos de réis e comprou o negro velho, levando para morar com ele. Ninina a ama de leite de Maria já muito velha numa noite chuvosa, fecha os olhos e parte para Deus. Maria Ferreira foge com o Capataz José Ferreira e é abrigado num quilombo escondido na Serra. Germano se envolve com jogo e mulheres e perde a fazenda. Em sua casa Armando em seus braços assiste seu amigo Quinzinho também desencarnar...
Vale do Amanhecer, Planaltina DF, Tia Neiva dá formação a seu povo, chama um Doutrinador da Falange de Consagração e sugere-lhe que mude Adjunto. Então ele migra do Adjunto Yucatã para o Adjunto Muyatã.
Em 1985, um casal entra na Doutrina. Ele classificado como Apará e ela também. Participam do grupo seis. Neste grupo estavam os Mestres Chilon, Moraes, Maciel e Wilson como instrutores. O casal classificados como Apará resolvem conversar com um dos instrutores sob a situação complicada que se encontravam, e após essa conversa fica definido que ele continuaria como Apará e ela como doutrinadora. No domingo seguinte o Apará recebe Pai Joaquim das Cachoeiras e na presença do instrutor lhe diz: “Meu filho estou muito satisfeito, pois minha felicidade é ter morrido em seus braços e hoje através deste Médium Apará renascido pela força de suas mãos”.
Numa síntese desta história o casal na fila de elevação de espadas o Instrutor convida o casal para serem seus padrinhos. Aceito o convite, o Instrutor leva o casal até a presença de Tia Neiva.
Ela diz: “Agora meu filho você não poderá fazer como Ditinho, e dizer que não tem padrinhos” E quando eles saem ela diz também “Você não sabe quem é este Mestre, só Pai Seta Branca”.
E também diz ao Mestre Instrutor; Meu filho seu padrinho vai contar sua história.
Depois quando o Casal faz sua centúria são convidados a participarem de um Trono milenar. Ali incorpora o Coronel Germano Gonçalves Ledo. E logo depois Pai Joaquim das Cachoeiras, conta ao instrutor essa história que narramos acima...
Não sabemos quem são esses grandiosos espíritos. Sua missão é sempre de levar a paz, a esperança e o amor a todos incondicionalmente. Sofreram com resignação. Hoje com as bênçãos de Deus, de Nosso Senhor Jesus cristo e Pai Seta Branca na Corrente Indiana do Espaço nos servem com esse grande amor.
Neste mesmo médium Ajanã o Pai Joaquim das Cachoeiras deixou frases magnificas as quais citaremos abaixo:
“Sou o Pai Joaquim das Cachoeiras mais um pouco deste aparelho!”
“Meu filho quando se sentir inseguro para comunicar, coloque Jesus em teu coração, abre a boca que o restante nos iremos fazer”
“Meu filho sou o Pai Joaquim das Cachoeiras, estou falando certinho, mas se agradar meu filho o Zi Pai Zoaquim si fala da zi maneira que vus ze quiser”
“Meu filho aqui na Doutrina quem é grande faz o possível para passar despercebido, mas quem é pequeninho tem que fazer um barulhão”
Salve Nossos Pretos velhos! Salve Pai Joaquim das Cachoeiras!
Gilmar, Adjunto Adelano
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