FUNÇÕES MEDIÚNICAS
Conforme seu tipo básico de manifestação mediúnica – incorporação ou doutrina – cada médium inclina-se a uma função, de acordo com suas possibilidades, personalidade, cultura e dedicação ao trabalho.
Há coisas que só podem ser feitas por um Doutrinador e outras mais adequadas ao Incorporador. Outras, ainda, podem ser feitas por ambos.
Um aspecto importante do trabalho mediúnico é ser ele essencialmente coletivo. No mínimo, ele deve ser executado por dois médiuns – um de doutrina e outro de incorporação. Principalmente, a incorporação nunca deve ser feita sem a presença de um Doutrinador, devido à perda parcial de consciência do Incorporador.
O Doutrinador jamais incorpora e nunca perde a consciência no trabalho mediúnico. Inclina-se, com isso, aos trabalhos em que é necessário tomar decisões, interpretar situações e manipular as forças mentais.
São funções próprias do Doutrinador:
1. Aprender, interpretar e conceituar a Doutrina praticada pelo seu grupo mediúnico, bem como a missão a ele confiada;
2. Organizar, administrar e desenvolver os médiuns;
3. Abrir e fechar os trabalhos;
4. Assistir e controlar todo e qualquer trabalho de incorporação;
5. Interpretar as situações dos médiuns quando incorporados. Se for o Mentor ou o Guia, atendê-lo respeitosamente; se for sofredor, doutriná-lo e fazer sua entrega aos planos espirituais;
6. Ministrar passes magnéticos de equilíbrio aos médiuns de incorporação, sempre que estes terminam uma incorporação; estes passes podem ser ministrados a qualquer pessoa, e mesmo a outro Doutrinador, quando revelar desequilíbrio;
7. Controlar, com sua mente, qualquer situação anormal de pessoas ou grupos, mantendo sempre seu equilíbrio pessoal. O Doutrinador, que conhece o seu potencial mediúnico, pode controlar um ambiente sem externar qualquer gesto.
O Doutrinador deve evitar o desenvolvimento de outras mediunidades embora as tenha em potencial. Em casos específicos, que justifiquem outros desenvolvimentos, ele deve ater-se, apenas, a mediunidades dos plexos e dos chakras superiores, como psicografia (automática e semi-automática), vidência (com todas as restrições que essa mediunidade suscita), olfação e audição. Mas, sempre que um Doutrinador desenvolver alguma dessas mediunidades, ele deve ser mantido sob observação dos companheiros, pois essas funções podem prejudicar a acuidade do seu julgamento e sua objetividade.
No sentido oposto, o médium de Incorporação nunca trabalha sem incorporar, isto é, sem a perda parcial de sua consciência. Nestas condições, ele tem duas funções básicas: a incorporação de espíritos de Luz, Mentores ou Guias, e a incorporação de espíritos que ainda não alcançaram os planos espirituais, ou seja, sofredores.
O Mentor incorpora para o equilíbrio o médium, mantendo seu aparelho nas melhores condições possíveis. Os Guias incorporam para o exercício de funções específicas. Um Guia incorpora quando o médium é chamado a fazer uma cura de doença física; outro vem para uma comunicação, outro para um trabalho de passes, etc. Às vezes, eles se alternam nas funções e, em outras, o próprio Mentor atua como Guia.
Com essa visão, poderemos classificar as funções do Incorporador:
1. Passagem de sofredores
2. Cura de doenças
3. Comunicações
4. Passes
5. Desobsessão
6. Psicografia automática
7. Materialização
Há, ainda, duas funções específicas que devem ser confiadas, apenas, aos médiuns de incorporação: o transporte e o desdobramento, este último podendo ser desenvolvido com fonia.
Continua… Preparaçãodo Médium – Evangelização.
FONTE: No Limiar do Terceiro Milênio
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