A crítica surge de uma forma mais simples de julgamento, calcada no conhecimento da natureza e das atividades relacionadas com o comportamento e o desempenho do médium na realização dos trabalhos e, não raro, com relação à sua vida particular.
Mas estudos acurados mostraram que a maior parte das críticas nascem das frustrações.
Temos uma tendência a ver e querer o Universo dentro da nossa visão pessoal, o que significa conflito interior, que se exterioriza através da crítica.
Geralmente a crítica nasce de alguém que se julga perfeito (por seu desempenho, por sua aparência ou por sua postura moral) e se acha no direito de criticar tudo aquilo que não se ajusta ao seu modelo ideal.
Quando se critica alguém por estar fazendo algo arriscado ou diferente, na maior parte dos casos estamos apenas indo contra alguma coisa de que não gostamos ou então que não temos capacidade ou coragem de fazer. As críticas são os fatores que mais influem no processo de decisões, desde a mais tenra idade, limitando a personalidade.
Na nossa Doutrina, ouvimos críticas sobre inúmeros mestres, e lembramos palavras de Koatay 108 que sempre condenou criticar, julgar ou chamar a atenção de quem quer que fosse. A crítica pode ser cruel, atingindo profundamente seu alvo, e não leva a coisa alguma que não ao conflito.
A artimanha da crítica construtiva não libera o caráter de julgamento, e, portanto, também deve ser evitada. Podemos conversar, ensinar, avaliar, enfim, ajudar a quem está agindo incorretamente em função de padrões ou leis estabelecidas, buscando, assim, corrigir ou não agravar um erro que, em sua maior parte, existe pela falta de conhecimento e não pela vontade de ser cometido.
Devemos evitar criticar alguém, e, quando formos criticados, devemos ouvir com tolerância, humildade e amor, concordando com nosso crítico por mais estúpida que nos pareça a observação, sem revidar e sem discutir, buscando nossa paz interior e pedindo que as forças benditas possam equilibrar aquela pessoa.
Segundo João (XII, 44 a 48): “Jesus bradou e disse em alta voz: Quem crê em mim, não crê em mim, mas naquele que me enviou, e quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a Luz, vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não fique nas Trevas. E se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, não será julgado por mim, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, já tem o seu juízo. Esta mesma palavra que eu lhe anunciei há de julgá-lo no último dia!”
Por isso, não vamos julgar nem criticar e, sim, procurar aplicar o que aprendemos. Todos tiveram as mesmas aulas, as mesmas consagrações, a mesma Doutrina.
Se não estão de acordo com o que pensamos estar certo e não querem nossa ajuda, vamos deixá-los caminhar, pois terão que prestar contas a alguém que está muito acima de nós. Se quisermos progredir, temos que trabalhar mais do que criticar.
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