Preto velho Nagô, uma falange de pretos velhos que pode incorporar no Sudálio (linha de passes iniciática) junto aos caboclos. Nossa doutrina deriva de várias religiões africanas.
Os Nagôs, assim como outros apresentados abaixo, são termos étnicos criados pelo tráfico de escravos, pois sabemos que grande parte dos nossos mentores que hoje se apresentam como pretos velhos, tiveram entre outras encarnações, a passagem como escravos oriundos da África e de várias culturas diferentes.
Hoje se apresentando a nós nessa roupagem simples e trazendo também esse transcendente que tanto marcam os encontros e reencontros que tivemos nessas várias encarnações.
Povo Nagô, povo de Angola, povo da Bahia, povo do Oriente assim como povo das Cachoeiras entre outros, são determinações de falanges que inspiram nossa consciência às nossas origens.
Nagô, assim como Jeje, Angola, Congo, Fula são termos étnicos que representavam identidades criadas pelo tráfico de escravo. Cada termo faz referência na verdade à região de onde provinham os escravos. A etnia Nagô aplica-se ao iorubano ou a todo negro da Costa dos Escravos que falava ou entendia o Ioruba.
Kètu, Egba, Egbado e Sabé são alguns dos segmentos nagôs que vieram para a Bahia proveniente da grande área iorubá que compreende o sul e centro da atual República de Benim, ex-Daomé, parte da República do Togo e todo sudoeste da Nigéria.
E todos eles - com destaque para os Kètu contribuíram decisivamente para a implantação da cultura nagô naquele Estado, reconstituindo suas instituições e procurando adaptá-las ao novo meio, com o máximo de fidelidade aos padrões básicos de origem, fidelidade essa em parte facilitada pelo intenso comércio que se desenvolveu entre a Bahia e a costa ocidental da África durante todo o século XIX até os primeiros anos que se seguiram à Abolição.
Os portugueses construíram, em 1498, o forte São Jorge da Mina, ou Feitoria da Mina, ou Mina, no Gana, um posto estratégico na rota dos europeus ao litoral da áfrica Ocidental, onde os cativos eram mantidos à espera de transporte para o Novo Mundo.
O tratado de paz de 1657 assinado pela rainha Nzinga Mbandi Ngola e a coroa portuguesa através da mediação do papa Alexandre VII encerrou a guerra no Reino do Kongo e o tráfico escravista europeu na região.
Adjunto Olgar, Antonio Claudio
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Salve Deus! Comente com amor, humildade e tolerância... para enriquecer ainda mais o nosso blog.