Quando ingressamos em uma Doutrina Espírita e após compreendermos a ação dos espíritos em nossas vidas, devemos passar a sempre considerar o “outro lado” em tudo que acontece ao nosso redor e mesmo com nós mesmos.
Porém, muitas vezes o médium passa a acreditar que tudo em sua vida tem origem em cobranças e assédios espirituais.
Obviamente muitos de nossas atitudes, e do que de se passa em nossas vidas, têm uma influência espiritual, mas é muito importante compreender esta questão e saber como atuam os espíritos, antes de tecer qualquer julgamento, ou sair por aí falando que “os espiritinhos não me deixam em paz”.
Sem as claras explicações, muitos passam a crer que a influencia dos espíritos se dá de forma ostensiva e cheia de “fenômenos”. Claro que isso pode acontecer, mas são exceções e não uma regra.
Normalmente nossos irmãozinhos atuam de forma oculta e diretamente sobre nossos pensamentos. Pelos laços de afinidade de outras passagens pelo plano terrestre ou, ainda mais comumente, pela afinidade vibratória. Através destas ligações eles “sintonizam” nossa faixa vibracional e podem inspirar uma idéia, sugerir atitudes, impelir à ação. Porém, nosso livre-arbítrio sempre permanece intacto. Somos nós que decidimos “aceitar” a sugestão e temos a atitude de concretizá-la.
Dessa maneira somos duplamente responsáveis, pois além de permitir a “sintonia” pelo nosso padrão vibratório, ainda aceitamos sugestionamentos, seguindo por caminhos que nos afastam de nossos Mentores. Estes (os Mentores), também só podem nos “sintonizar” quando nosso padrão vibratório permite.
Praticamente tudo que um “irmãozinho” obtém com suas “sugestões” só é possível com nossa concordância. Portanto é totalmente injusto dizer que “não lhe deixam em paz”. É o nosso padrão vibratório que primeiramente atrai e depois ainda permite o sugestionamento.
As influências espirituais são parte de nossa jornada neste plano, elas existem sim, porém a responsabilidade das decisões é somente nossa, ainda mais se considerarmos que somos médiuns esclarecidos e com todo um acervo de informações, heranças e forças à disposição.
Com nosso padrão vibratório elevado, direcionando nossos pensamentos somente para o quê possa ser bom e produtivo, iremos atrair as boas influências de nossos Mentores e com isso uma melhoria considerável em nossas vidas. Pois tudo flui com naturalidade e voltado para o progresso de todos.
Eis, meus irmãos e irmãs, o risco de envolver-se em correntes de desunião, intrigas e fofocas. Mesmo “sem querer”, ao nos permitirmos sintonizar com estes desequilíbrios, baixamos nosso padrão vibratório e nos colocamos a disposição para “ouvir”, e por vezes seguir, tristes sugestões e caminhos.
Ao ir para o Templo, lembre-se: Não é mais você! É sua Individualidade que vai trabalhar! Você tem suas próprias opiniões, simpatiza com um, antipatiza com outro. Mas ao chegar para um Trabalho Espiritual, tudo, TUDO, deve ficar de fora. Naquele momento você revive sua Iniciação, onde deitou-se o Homem e levantou-se o Médium.
Temos toda uma ritualística justamente por isso! Para despertar e avivar ainda mais a nossa Individualidade.
Marquemos confraternizações externas, vamos ter uma vida social juntos, pois compartilhamos de muitas idéias e opiniões, mas fora do Templo, fora dos dias de Trabalho.
Saiu para o Templo? É para Trabalhar espiritual! O lanche, o cafezinho, são apenas necessidades físicas inerentes à longa jornada de trabalho. Não são momentos de lazer enquanto o trabalho não termina. Ainda estamos de uniforme! E quem se aproxima, sem uniforme, para contar uma “novidade” está dentro da máxima do Trino Tumuchy: “Está sem uniforme na área do Templo? É paciente!”
Fonte: O Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande
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