[Ministro%2520Puemar%255B3%255D.jpg]Salve Deus...
este blog foi criado para aqueles que cultuam a doutrina do Vale do Amanhecer, e, para aqueles que, simplesmente, querem conhecê-la... sejam bem vindos!

O Templo Puemar do Amanhecer de Pirenópolis - GOIÁS, BRASIL, está de portas abertas, todas as Quartas e Domingos a partir das 19:00hs, para atendimento de pacientes, que precisam de ajuda, dentro do seu merecimento, na humildade e no amor, pela Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo - - Lei do Auxílio e da Caridade -- para a cura espiritual. Com a graça de Deus Pai Todo Poderoso, de Pai Seta Branca e do Nosso Ministro Puemar você é, e sempre será bem vindo(a) ao nosso templo

A doutrina do Amanhecer não tem “desenvolvimento a distância” ou “desenvolvimento on line”. Os conhecimentos e técnicas mediúnicas devem ser adquiridos gradativamente conforme a trajetória de cada médium em seu desenvolvimento dentro dos Templos. A pretensão deste blog é apenas disponibilizar aos mestres e ninfas, o acervo doutrinário,  com mais facilidade.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um Homem de Dois Mundos – parte 2

Enquanto a simpática matrona falava, Neiva de repente desandou a rir para si mesma. Mãe Tildes olhou para ela com ar de censura pela atitude insólita e, ela dominando o riso explicou: - Pois é, Mãe Tildes, desde o dia que conheci essa família, ela nunca mais me deu sossego. Imagine, Mãe Tildes, que a primeira vez que eu fui procurada por Marcondes, foi justamente porque seu genro havia dado uma surra na mulher, na sua filha, e o motivo foi de um roubo cometido, aparentemente, por ela.

Desta vez, porém, Marcondes agiu de forma bem diferente daquela do Engenho Velho. Com toda paciência conseguiu reconciliar o casal e tudo acabou em boa paz. Por sinal que atualmente esse casal é médium no Templo do Amanhecer. A mesma atitude ele teve com os outros filhos e todos estão bem encaminhados. Faz já cinco anos que acompanho essa família! Apesar disso, dessa atitude correta de Marcondes, Dona Judith nunca lhe deu sossego. Ela era um desses espíritos que nós na nossa linguagem simples do Vale do Amanhecer, costumamos chamar de "espírito sem procedência".

Nisso Neiva percebeu que a visita estava chegando ao fim e que a missão deles naquela mansão estava terminada para aquela jornada. A mulher, que com os olhos imploravam, disse: - Tia Neiva, enquanto Marcondes viver, essa mulher irá cobrá-lo sem piedade. Ajude-os Tia, sei que no plano físico, a senhora tem muito poder e pode fazer muita coisa...

"O! Meu Deus! Exclamou Neiva, me dê muita força, me sinto tão doente...”.

- "Não, minha irmã, não desanime, Jesus e Pai Seta Branca precisam muito da senhora", disse ela com ar compungido.

Mães Tildes e Neiva disseram "Salve Deus" e partiram junto com o invisível Amanto.

Os três passaram pela Torre de Marcela e, viram que estavam chegando inúmeros espíritos recém-desencarnados. Um grupo de mensageiros se preparava para socorrer os flagelados de uma grande enchente que ocorria num dos Estados do Brasil. Isso fez com que Neiva se lembrasse de suas obrigações missionárias, que se apressou no caminho de sua Cabala (3). Nesse santuário ela iria manipular as forças desobsessivas e ajudar no recartilhamento dos complicados carmas terrenos.

Neiva despertou com a voz de Gertrudes que a chamava."Madrinha, madrinha", dizia ela, "acorde! Tem uma moça esperando pela senhora aí na sala, uma filha do Sr. Marcondes que veio buscá-la, ele está passando muito mal”.

Neiva entrou no plano físico, conservando na memória o quadro vivo que presenciara naquela mansão dos Marcondes. A Casa Grande estava no seu habitual burburinho. Crianças brincavam ruidosamente no pátio, pessoas insistiam em falar com Neiva, Gertrudes reclamava de Neiva a TV dos meninos, o Farol do Dia (4) avisa que havia poucos médiuns para o Retiro e a filha de Marcondes passeava impaciente de um lado para outro à espera de Neiva.

Assim mesmo, sem se desligar do quadro vivido na madrugada, ela foi até o Hospital são Vicente, onde Marcondes estava internado. O táxi deixou-a na porta do hospital e a filha de Marcondes levou-a para o quarto do doente.

Neiva olhou para aquele homem, que poucas horas antes falara com ela com tanta firmeza, quando ainda no plano etérico, e buscou em seus olhos alguma centelha que lembrasse o fato. Nada, ele não se lembrava de coisa alguma, a cobrança cármica se processava com perfeição!

Deitado na cama alta do hospital, seu rosto revelava os sulcos profundos da dor implacável do câncer. Os olhos febris procuravam os de Neiva num pedido mudo de piedade.

- Tia Neiva, Tia Neiva - murmurou ele com voz dolorida - não me deixe morrer, por favor, Tia, ajude-me!

Neiva sentiu seu coração apertar. O elegante Marcondes de algumas horas antes, na Torre de Marcela, que com tanta firmeza pedira a Mãe Tildes para desencarnar logo, para acabar com seu sofrimento na Terra, pedia-lhe agora para não deixá-lo morrer!

Nisso entrou pela porta adentro Dona Judith, a esposa térrea e cobradora do antigo Engenho Velho. Tão pronto ela deparou com Neiva foi logo dizendo: - "A senhora ta vendo Tia Neiva? - ele está aqui de teimoso e de pirraça! O pior é que vai acabar morrendo e me deixando sem dinheiro, cheia de filhos e sem nada no que me agarrar!".

Marcondes levantou a cabeça, sem poder sopitar um gemido de dor e, com ar resignado disse: - Oh, benzinho! Não é assim corno você está falando, isso que eu tenho não é um simples resfriado, há muito tempo que eu tenho estes caroços no pescoço e não sei corno isso foi acontecer comigo!

Dona Judith voltou-se para ele com ar irado e retorquiu: - Como não sabe? E as pescarias e as cachaçadas em que você se meteu? Foi nelas que você pegou essa porcaria toda! Só depois que nós conhecemos essa santa mulher que você tornou um pouco de vergonha. Agora veja a miséria em que você nos meteu!

Nesse momento entrou um médico de serviço. Usava barbas compridas que lhe davam um ar maduro e no pescoço trazia o estetoscópio. Ele olhou a cena desagradável, com ar de quem já estava habituado a isso e, seus olhos fitaram Neiva por cima dos óculos, com um misto de respeito e curiosidade.

Neiva aproveitou a oportunidade e acenou para ele do canto onde se achava. Ele atendeu gentilmente e Neiva discretamente, sem que os outros a ouvissem, perguntou sobre Marcondes. - "Câncer" - foi a lacônica resposta que ela recebeu. Diante do olhar sério de Neiva ele suavizou um pouco a expressão e perguntou: - A senhora é parente dele?

- Não, disse ela, sou apenas uma amiga do casal, meu nome é Neiva.

- Ah, sim, a senhora é Tia Neiva. A senhora tem um orfanato aqui por perto, não é?

Neiva confirmou com a cabeça e agradeceu a ele. Dona Judith continuava a vociferar e o ambiente do quarto do doente era o pior possível. Marcondes voltara a encostar a cabeça no travesseiro e cerrara os olhos com ar de submissão. Neiva não podendo suportar mais aquela cena, despediu-se discretamente e voltou para a Casa Grande.

Gertrudes guardara um prato de comida para ela, mas ela quase não comeu. Logo começou a atender a ruma de consulentes, que aquele dia era maior que de costume, mas não conseguia se tranqüilizar. Ela sabia que Marcondes estava preste a morrer, mas o quadro continuava o mesmo: Dona Judith não parava de praguejar e as dores do paciente aumentavam horrivelmente.

E assim a situação continuou ainda alguns dias, até que fossem libertados todos os obsessores que compunham aquele quadro triste. Neiva não voltou ao hospital, mas não parou de fazer trabalhos para ajudar aqueles espíritos em reajuste. Marcondes não voltou à Mansão etérica enquanto não se libertou com a morte.

Passaram-se alguns meses depois da morte de Marcondes e um dia Neiva recebeu surpresa a visita de Dona Judith.

Ela parecia mais moça e tinha um ar sorridente. Apresentou à Neiva um senhor de uns sessenta anos com quem havia se casado alguns dias atrás. Neiva então se lembrou que a idade dela já beirava pelos sessenta e cinco anos e sorriu polidamente. Tornaram um cafezinho que Gertrudes serviu e, Neiva não pôde deixar de notar que Dona Judith havia se transformado na mulher mais feliz e bondosa do mundo...

Os anos foram passando e Neiva continuou na sua missão crística.

Em sessenta e nove a Ordem se mudou para o Vale do Amanhecer e com Neiva seguiu a ruma de crianças, moças e velhos que compunham a Casa Grande.

O Vale cresceu, a Doutrina do Amanhecer evoluiu, deu mais umas voltas no Sidério e a vida continuou.

Nesse domingo, depois de uma aula na qual Neiva aproveitara a estória de Marcondes, para ilustrar o problema dos reajustes, ela sentou no Castelo dos Devas para o "emplacamento" de Médiuns. Esse trabalho, que Neiva faz quase todos os domingos representa o esteio de autenticidade do Vale do Amanhecer. Os Médiuns vão sendo desenvolvidos pelos Instrutores e, quando já estão em condições de atender o público são "classificados" ou "emplacados" por Neiva.

O Médium senta-se ao lado dela e atrás dela fica um Doutrinador. É feita a chamada do Mentor e Neiva, pela sua clarividência, se entende com o Mentor do Médium. Escreve então o seu nome num cartão que o Médium usa a partir desse dia. Esse cartão é autenticado com a conhecida assinatura de "Tia Neiva".

A jovem Médium sentou-se, o Doutrinador fez a chamada e Neiva surpresa deparou com a figura de Marcondes! Ela o reconheceu imediatamente e perguntou o que ele estava fazendo ali, tão longe de sua mansão etérica.

Ele sorriu e apontou para uma Preta Velha que estava ao seu lado, que também sorriu. Neiva então reconheceu naquela Preta Velha a linda senhora da mansão, a esposa espiritual de Marcondes.

Sem parar de falar no plano físico com as pessoas que a cercavam, Neiva estabeleceu um diálogo com o casal. Eles então explicaram que tinham vindo para falar com ela, pois haviam pedido a Deus a oportunidade de trabalhar na Terra, no Vale do Amanhecer, desenvolvendo Médiuns.

- "É verdade Tia”, disse Marcondes, “que nós não temos muito para dar, pois ainda não temos graças para isso. Mas nos sentimos felizes em poder pelo menos ajudar a abrir as incorporações dos Aparás. Graças a Deus nossos filhos, também, estão aqui. Salve Deus, Tia Neiva”.

Neiva ficou comovida, mas atenta na sua Clarividência, viu que a jovem Médium que ela iria classificar naquele momento era um espírito que na encarnação do Engenho Velho fora filha da viúva que Marcondes tanto perseguia. Só que essa Médium era uma das filhas de Dona Judith do seu primeiro casamento, concebida antes que Marcondes aparecesse em sua vida.

Salve Deus!

(1) O Canal Vermelho é uma Casa Transitória para readaptação de espíritos portadores de idéias e superstições em torno da reencarnação. Ele é caracterizado pelo fato específico de que os médiuns, durante seu sono na Terra, podem trabalhar no Canal Vermelho levando consigo o fluído magnético animal de sua mediunidade.

(2) Vikings eram antigos guerreiros navegadores, que fizeram expedições de conquistas entre os anos 800 e 1100 no norte da atual Inglaterra e toda a região circunvizinha. Eles eram considerados ferozes guerreiros, usavam cabelos compridos e barbas longas, geralmente, eram ruivos avermelhados. Seus barcos tinham esculpido nas proas cabeças de dragões e suas legendárias figuras, são sempre vinculadas a heroísmos e guerras.

(3) Cabala - palavra hebraica que designa aspectos secretos de uma doutrina. Para a Doutrina do Amanhecer a Cabala é ponto no Plano Etérico onde são manipuladas as energias da regência da Clarividente Neiva. Por isso ela se refere sempre “a minha Cabala”.

(4) Farol do Dia, é o doutrinador responsável pelo retiro daquele dia no templo do Amanhecer.

Salve Deus.

TIA NEIVA

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