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este blog foi criado para aqueles que cultuam a doutrina do Vale do Amanhecer, e, para aqueles que, simplesmente, querem conhecê-la... sejam bem vindos!

O Templo Puemar do Amanhecer de Pirenópolis - GOIÁS, BRASIL, está de portas abertas, todas as Quartas e Domingos a partir das 19:00hs, para atendimento de pacientes, que precisam de ajuda, dentro do seu merecimento, na humildade e no amor, pela Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo - - Lei do Auxílio e da Caridade -- para a cura espiritual. Com a graça de Deus Pai Todo Poderoso, de Pai Seta Branca e do Nosso Ministro Puemar você é, e sempre será bem vindo(a) ao nosso templo

A doutrina do Amanhecer não tem “desenvolvimento a distância” ou “desenvolvimento on line”. Os conhecimentos e técnicas mediúnicas devem ser adquiridos gradativamente conforme a trajetória de cada médium em seu desenvolvimento dentro dos Templos. A pretensão deste blog é apenas disponibilizar aos mestres e ninfas, o acervo doutrinário,  com mais facilidade.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um Homem de Dois Mundos – parte 1

UM HOMEM DE DOIS MUNDOS

A Casa Grande repousava após mais um dia de agitada atividade.

Em torno do lusco-fusco da madrugada, ouviam-se apenas os apitos monótonos dos guardas noturnos, os passos de algum retardatário e o ruidoso roncar dos carros que passavam no asfalto a dois quarteirões de distância. O quase silêncio, a disposição das ruas e casas fazia pensar que se tratava de uma pequena cidade do interior. Na verdade a Casa Grande era localizada no coração da cidade moderna do mundo, na Cidade Satélite de Taguatinga, em Brasília – Distrito Federal.

Esse contraste, entre um sistema de habitação relativamente pobre, a maioria das casas feitas de madeira, as ruas laterais sem asfalto ou esgotos, era também peculiar da Casa Grande.

Oficialmente ela era apenas a residência de Tia Neiva e o orfanato chamado de "Lar das Crianças de Matildes". Ali viviam cerca de cem pessoas entre crianças e adultos, na maior simplicidades, mas ao mesmo tempo, era a sede, o coração da Doutrina Crística praticada com a maior autenticidade.

O Templo do Amanhecer ficava a três quadras de distância, mas seu papel de abrigo aos angustiados, era exercido realmente quando Tia Neiva estava presente. Naqueles dois pontos de Taguatinga a pequena multidão diária ia e vinha e a pergunta era sempre a mesma: Tia Neiva está no Templo? Ou então Tia Neiva está em casa?

Deitada e com os olhos fechados Tia Neiva parecia dormir. Na verdade sua mente ágil trabalhava intensamente. Um a um ela ia repassando os assuntos mais próximos do dia que findava. Pensava na dispensa que teria que ser reabastecida ainda para o almoço; naquele menino sem documentos que precisava trabalhar; no internamento daquela mulher cheia de filhos que precisava de hospital ("é, pensava ela, o jeito é ficar com os meninos - mas onde colocá-los?"), no senador que estava aflito com seu filho viciado; na moça que a procurara logo cedo dizendo que estava grávida e que seu pai a mataria se soubesse; no homem cujo barraco pegara fogo e não tinha onde se abrigar com a família; na televisão dos meninos que precisava de conserto...

E assim, desde a hora que deitara, seu pensamento não parara um minuto. Vez ou outra um espírito desencarnado entrava no circuito e ela o doutrinava pacientemente.

Assim era a vida da Clarividente Neiva. Sempre consciente nos planos, na vida física e no mundo etérico invisível, ela cuidava de tudo e de todos sem interrupção.

Na medida em que a noite avançava e os íons solares diminuíam seu bombardeio da superfície da Terra, o mundo invisível ia se tornando mais movimentado. O mundo das sombras tomava conta da vida nesta parte do Planeta. Os espíritos, libertos do magnetismo físico através do sono, percorriam sonambúlicos os arredores. Alguns subiam claros e leves enquanto outros se arrastavam com dificuldade, próximos aos leitos onde seus corpos repousavam. Uns brigavam e outros se abraçavam alegremente. Esse é o curioso mecanismo da vida na Terra, que nos relaciona uns com os outros, à revelia de nossas posições sociais, idades e situações econômicas.

Próximo às quatro horas da madrugada, Neiva sentiu a presença de Mãe Tildes e saiu do corpo penetrando instantaneamente na outra dimensão.

De imediato sua mente saiu da tensão física e ela se despreocupou. Assim aconteciam todas as noites, todas as madrugadas. Enquanto perpassava os problemas através do mecanismo psicológico, sua ansiedade era grande. Logo que saía do corpo ela se despreocupava e entregava sua missão nas mãos dos Mentores espirituais. A partir desse momento ela assumia com docilidade o papel de Clarividente a serviço do Pai e sabia que iriam começar a surgir às soluções. O mundo, para ela, visto de dentro ou de fora do corpo, embora o mesmo, se apresentava muito diferente.

E assim, após sorridente troca de cumprimentos, Mãe Tildes e Neiva saíram em direção ao "trabalho", o mundo cabalístico onde seriam solucionados os problemas dos que buscavam a Corrente em busca de auxílio. Tantas vezes esse fato se repete que para Neiva tudo é natural. Ela caminha sem preocupações ou noção de tempo, embora saiba por onde está andando. Ela sabe como funcionam as coisas e quais os assuntos programados para aquela jornada.

Mas, o comando está nas mãos dos seus Mentores e ela aproveita para o relaxamento mental indispensável. Enquanto isso seu corpo entra em repouso completo. As etapas do caminho são demarcadas pela variação na luz e na iluminação, mas a jornada segue controlada pelas vibrações de Capela.

Logo em seguida elas se encontram com Amanto, o Capelino responsável pelas jornadas de Neiva nos mundos etéricos. Depois dos cumprimentos de costume, o trio prosseguiu na missão daquela noite.

Chegaram à Torre de Marcela, um conjunto arquitetônico situado no limiar do Canal Vermelho, já nosso conhecido pelas aulas anteriores de Tia Neiva. Nessa Torre existem uns dispositivos habitacionais que podem ser comparados com as residências da Terra. Na aparência essas "casas" são divididas como na Terra, mas na verdade elas são separadas umas das outras por campos de força. Um habitante de campo vibratório diferente não penetra, a não ser que o morador o permita.

Pararam diante de uma dessas casas, e nesse momento Neiva se deu conta de que esse era um dos objetivos dessa viagem. A casa pertencia ao Dr. Marcondes com sua família. Tão pronto pararam, Neiva o avistou caminhando para eles, com um largo sorriso nos lábios, demonstrando tê-la reconhecido. Neiva permaneceu no limiar um pouco indecisa. Ela conhecia a lei que rege essa parte do mundo etérico e, sabia que sua entrada dependeria dos donos da casa. Isso não acontece por cortesia ou educação, mas sim por uma questão de individualidade cármica. Cada espírito, ou grupos de espíritos "habita" sua dimensão e tem seus privilégios.

Por isso ela ficou um pouco surpresa quando a esposa de Marcondes, uma senhora de uns quarenta anos, mandou que eles entrassem. Entraram os três, mas, para a família de Marcondes, haviam entrado apenas Mãe Tildes e Neiva. Mãe Tildes era visível para eles por estar na aura de Neiva o que, por razões técnicas não estava acontecendo com Amanto, que era visto apenas por Neiva e Mãe Tildes.

Passados os momentos de surpresa inicial, nos quais as exclamações de Marcondes eram ponteadas de "oh!s” "Oh, Mãe Tildes! Que bom vê-Ias aqui, quanto que pedi a Deus por isso!", Marcondes, visivelmente emocionado, começou a falar, mas logo foi interrompido pela esposa. Sua voz traduzia alguma ansiedade e era palpável sua preocupação em dizer tudo de uma vez.

"Já estou cansada de mandá-lo embora, Tia Neiva - disse - mas parece que ele está vacilando muito!".

"Eu sei disso, minha senhora - interrompeu Neiva – sou clarividente e sei o que está se passando com vocês, pois ainda vivo na Terra". Mãe Tildes voltou-se para Neiva retrucando, “Ela sabe, fia”.

Neiva acenou com a cabeça afirmativamente e, enquanto a senhora fazia menção de continuar falando, Marcondes exclamou em voz alta:

"Oh, minha doce Mãe Tildes! A senhora que já é uma serva de Deus, tenha misericórdia de mim, alivie o meu sofrimento na Terra, ajude a acabar com isso de uma vez, aproveite que minha matéria já está cancerosa!".

"Pobre Marcondes - respondeu Mãe Tildes - isso não depende de mim, mas, sim do seu carma. Volte para seu suplício porque você ainda não terminou a sua pena!".

Voltou-se então para a esposa de Marcondes e continuou:

"Ora por ele, minha filha, apenas mais algum tempo e estará com você, tenha paciência".

Marcondes então se despediu da mulher e das visitantes, partindo para a Terra, sob os olhares consternados das três mulheres.

Logo em seguida a simpática senhora convidou-as a se instalarem melhor, ela mesma se revestindo de um ar de tranqüilidade.

"Pois é, Tia Neiva - começou ela - nós viemos do Engenho Velho, lá da Bahia. Mãe Tildes nos conhece bem, pois fomos vizinhas naquela feliz encarnação".

Mãe Tildes acenou para Neiva, como a confirmar o que a senhora acabara de dizer, e ela continuou:

"Nesse tempo Marcondes era dono de um engenho e recebemos em nosso lar dezesseis filhos, todos filhos espirituais!".

"Ah, como foi maravilhoso! - Imagine, Tia Neiva que todos eles haviam sido, em encarnações anteriores, tremendos Vikings!" (2).

"Oh meu Deus, como eles eram caprichosos e sanguinários...".

Mas, a feliz oportunidade, dessa encarnação junto a Marcondes, em nosso lar cheio de amor, tornou possível transformar aqueles terríveis Vikings nos atuais Cavaleiros de Oxossi.

A propósito, perguntou Neiva, onde estão eles agora? – “Como Cavaleiros de Oxossi eles agora estão integrados na nova organização de são Sebastião. Dos meus dezesseis filhos, cinco eram mulheres e elas agora estão integradas em outras falanges, junto as suas almas gêmeas. Esta mansão, porém, continua sendo o lar delas, o nosso lar".

"Mas por que? - perguntou Neiva - o Sr. Marcondes continua na Terra e tão desnorteado".

"Não - disse ela - ele não está desnorteado, ele está na Terra porque pediu a Deus por isso".

Ele mesmo pediu a Deus para reencarnar? "Sim, Tia, ele mesmo pediu. Depois da encarnação do Engenho Velho, quando já estávamos reunidos aqui nesta mansão, embora feliz por estar com sua própria família, ele não estava em paz".

- Mas, o que era que o afligia? Certos erros cometidos durante a encarnação do Engenho Velho.

- A senhora sabe, não é Tia? - na Terra as nossas preocupações com a gente mesmo fazem com que esqueçamos dos outros, dos nossos cobradores que também vieram para se reajustar e precisam de nós, de nossa riqueza. Foi o que aconteceu com a gente.

Quando partimos para a encarnação do Engenho Velho todos haviam nos avisado que tínhamos pedido muito. Nossas dívidas eram muitas e as cobranças seriam grandes, pediram demais.

De fato assim foi, mas, graças ao nosso amor conseguimos tudo que vocês estão vendo.

- Mas, perguntou Neiva, se tudo saiu tão bem, por que o Sr. Marcondes teve que voltar a Terra e reencarnar? Porque, quando ele se encontrou aqui, com o espírito livre das amarras da Terra, viu tudo que havia feito, como também, viu tudo que não havia feito. Pediu então, para voltar e, Deus, através dos seus Ministros, concedeu-lhe esta prova, ou melhor, esta missão que está cumprindo.

- Sim, disse Neiva, mas afinal o que foi que ele deixou de fazer? Marcondes, no Engenho Velho, era inclemente com os menos afortunados da sociedade. Ele pisava naqueles que julgava estarem errados, fazendo-se juiz do povoado, fazia justiça com suas próprias mãos. Oh, meu Deus, ainda está vivo em minha memória o caso daquela viúva cheia de filhos! A maioria deles havia descambado para o vício e o roubo. Um dia uma de suas filhas foi espancada pelo marido, devido a um roubo que ela havia cometido e o caso se tornou público. Marcondes ficou furioso e puniu a pobre mulher com violência excessiva. E, a partir dai passou a perseguir aqueles espíritos desatinados com a ira implacável. Como sofreu aquela viúva!

Depois de nosso desencarne, quando nos instalamos em nossa mansão, Marcondes soube que eles também haviam desencarnado, mas, que já tinham reencarnado para reajustarem-se dos desatinos que haviam feito no Engenho Velho.

Inquieto pelo que havia feito a eles nessa encarnação, ele pediu para reencarnar também. De acordo com seu plano de trabalho, acabou por se tornar o marido da antiga viúva, que por sinal era novamente viúva quando Marcondes a encontrou. Por outra incrível coincidência, ela já era mãe de alguns filhos e, ao casar-se novamente com Marcondes teve outros filhos com ele e completou dezesseis filhos, o mesmo número que tinha no Engenho Velho. Para o quadro ficar mais completo, dentre os filhos, gerados por Marcondes, estava aquele espírito que no Engenho velho fora à ladra espancada por ele. Quando eles conheceram à senhora, Tia Neiva, essa moça era casada com o mesmo espírito que no Engenho Velho fora seu marido.

Continua parte 2…

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