O conflito é a nota dominante da vida no Planeta Terra. Na verdade não existe Vida sem Morte. Os seres respiram e, junto com o ar, penetram no organismo milhões de bactérias, germes e micróbios.
A cada respiração milhões de anticorpos, que são verdadeiros soldados do corpo físico, entram em ação e matam os invasores. A luta não pára um segundo sequer e, se as defesas se enfraquecem, ou se um inimigo desconhecido penetra em suas fileiras, o corpo se desequilibra e a pessoa fica doente. Tudo que existe na Terra é vivo, qualquer que seja a natureza.
Tudo é composto de átomos, desde a pedra até o fogo, desde a água até o ar. Como resultado natural, tudo que absorvemos é vivo. O Ser Humano é uma complexa máquina que absorve e transforma, como todos os outros seres, a matéria em energia e a energia em matéria. Nada é desperdiçado e tudo é transformado. Essa luta eterna é variável conforme a simplicidade ou a complexidade dos organismos que existem no Planeta. Quanto mais complexo é um organismo mais complexa é a luta.
O princípio, porém é inalterável: absorção ou perda de energias. Isso acontece desde a pedra bruta, que é atacada pelo ar, a água, o atrito, o calor, o frio e as variações do terreno onde se encontra, até o Ser Humano, que é afetado por esses e outros fatores.
Desde o mineral, passando pelo vegetal, e chegando ao mundo animal, a luta vai adquirindo aspectos mais variados e complexos. Ela atinge o máximo refinamento no homem, a maior usina da Natureza de transformação energética que existe. O simples ato de pensar já é uma poderosa forma de emitir e receber energias, com perdas ou ganhos conforme os controles, as qualidades e as sintonias.
Quanto mais sutil é o campo vibratório em que as energias são recebidas ou emitidas, maior é a intensidade, a potência e a força que entram em jogo. Com esse raciocínio fácil e razoável conclui-se que o conflito, a luta, o ataque e a defesa são intrínsecos em nossa natureza, essa é a Lei do Planeta Terra, não existe a paz, mas sim a guerra, permanente e inevitável, se situarmos o problema apenas em termos do plano psicofísico. Essa Lei entretanto é restrita, delimitada pelo campo vibracional da Terra e, para começarmos a entender isso um pouco, nós temos que pensar em termos de Dimensões, Planos e Mundos. Embora essas palavras sejam escorregadias, são as únicas que nos dão a ideia aproximada de Planos Vibratórios.
Façamos uma analogia: por mais encapelado, tempestuoso que o mar esteja, se mergulharmos alguns metros abaixo da superfície encontraremos uma tranqüilidade impressionante. Pessoas que já voaram em aviões comerciais de grande porte também conhecem essa notável experiência. Às vezes a gente decola de um aeroporto em meio a tempestade, o avião jogando perigosamente; ele ganha altura e, em poucos minutos o sol brilha por sobre o colchão de nuvens enquanto que o vento parece inexistente. Assim é a nossa vida e assim também são nossas alternativas.
É preciso mergulhar ou subir acima de nossas contingências para que tenhamos paz e tranquilidade, é preciso penetrar na Dimensão do Espírito. Só que o mergulho no mundo do Espírito não é medido em metros mas em sensibilidade. Torna-se necessário a gente se fazer receptivo ao mundo de nosso próprio Espírito, seja em termos do passado Cármico ou do futuro planejado, para que possamos avaliar melhor os nossos conflitos e podermos reduzi-los às proporções que eles realmente têm. Para facilitar essa receptividade, para tornar possível a trajetória dos Espíritos encarnados, para que o Mundo seja uma escola proveitosa é que existe o Sistema Crístico e a Doutrina do Mestre Jesus com sua Escola do Caminho.
O Vale do Amanhecer não exige dos seus Médiuns que contrariem as Leis do Planeta, quaisquer que sejam elas, mas que sobreponham a elas uma conduta iluminada pela Doutrina de Jesus, a que chamamos de Conduta Doutrinária. Convidar um Ser Humano a abandonar a luta seria o mesmo que sugerir que se suicidasse.
Mas permitir que ele continue a luta sem saber o que está fazendo é deixá-lo entregue à perda da oportunidade encarnatória, é o suicídio do Espírito. A Doutrina de Jesus diz: “devemos amar ao próximo como a nós mesmos” e, por todos os ângulos que observemos essa máxima ela sempre se apresenta como vantajosa para nossa existência.
Amando as pessoas que nos cercam, incondicionalmente, conseguimos um clima de paz em nossa consciência que só nos traz vantagens em todos os sentidos. Mas, para podermos amar os que nos agridem ou que procuram nos prejudicar, os que nos odeiam e os que nos invejam, nós temos que ter uma perspectiva ampla das nossas relações com os “próximos” Para que tenhamos essa visão mais ampla nós temos que conhecer, assimilar os outros aspectos da Doutrina do Mestre.
Para conhecê-la nós devemos ter capacidade de sintonia. Em termos de Mediunismo, capacidade de sintonia significa saber mediunizar-se.
E assim, fechamos o amplo círculo. Para que o Médium tenha uma conduta Doutrinária ele precisa conhecer a Doutrina. Conhecendo a Doutrina ele continua sua luta, come, bebe, ama, trabalha, disputa seu lugar ao Sol, cumpre as leis biológicas, as psicológicas e as sociais e, através disso, executa o programa desta encarnação.
E só assim ele pode dizer com tranquilidade: “Seja feita a sua vontade, assim na Terra como no Céu”.
A Doutrina do Amanhecer nos fornece ainda um dado muito precioso: o Homem em harmonia com a Lei é controlado por um número e uma quantidade de energias que lhe garantem a força total. Esse número básico é o 7 assim dividido: 3 + 1 + 3. Três forças são a sublimação, que por serem inversas da Terra são chamadas de negativas.
Elas são fáceis de identificar quando dizemos: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito”. Há uma força intermediária que liga as três primeiras com as três últimas: essa é a força da Mente, ou quarto plano Iniciático, a sede do Eu; as outras três forças são: a do plano Intelectivo concreto, onde se manipulam as Energias Etéricas, a do Coração ou Forças da Emoção e sensibilidade (no coração humano é que reside a partícula Crística) e por último a Força Animal, do mundo físico. Tanto a da Mente como as outras três formam o quarteto positivo, as 4 forças chamadas de positivas, pois são elas que diferenciam um Homem de um Espírito não encarnado, um Espírito vivendo na Terra.
Podemos agora concluir: o Médium, por definição, tem que observar uma Conduta Doutrinária, isto é, ele terá que agir de acordo com a Doutrina na observância da Lei.
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