O MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO
É o médium cuja tônica ectoplasmática é maior no plexo solar, na região umbilical. Esse plexo nervoso é a maior concentração de nervos do corpo humano, um intrincado cruzamento nervoso, com ligações por todo o organismo. Pertence ao sistema autônomo, também chamado neurovegetativo, ou seja, que faz funcionar os órgãos sem a vontade, sem que se tenha consciência disso. Assim funciona a maioria dos órgãos internos e, parcialmente, outros órgãos.
O ectoplasma, ativando o plexo solar acima da tônica normal, produz toda uma série de fenômenos, que resultam na chamada incorporação. Tais fenômenos são opostos aos da mediunidade de doutrina.
O sangue afluindo com maior pressão nessa região, empobrece a irrigação cerebral e, com isso, amortece os principais sentidos. A força do plexo solar é transmitida aos plexos vizinhos, proporcionando um espectro amplo de ligação com os chakras.
A emissão fluídica resultante reflete o processo nervoso da região, relativamente alheia ao processo psicológico. Nela entra muito menos a vontade do médium do que na emissão do Doutrinador.
Isso esclarece a questão da incorporação. Tanto no Doutrinador como no Incorporador, o fenômeno básico é o mesmo, ou seja, a presença da energia ectoplasmática e a ligação com os chakras. A diferença existe, apenas, na exteriorização, na manifestação do fenômeno.
Se o médium recebe a influência na cabeça, ele age pelo processo psicológico; se essa influência se faz no meio do corpo, ele age pelo processo fisiológico.
A partir desse fenômeno, podemos classificar as mediunidades com o relativo isolamento de cada uma. Mas, não podemos esquecer que o que acontece numa parte do corpo reflete, automaticamente, em todo o corpo. Se acendermos uma lâmpada num aposento de uma casa, é muito difícil que os outros compartimentos permaneçam completamente escuros.
Por estar mais próxima das funções básicas do corpo físico, a mediunidade de incorporação é de assimilação mais imediata, sendo por isso do domínio de maior número de pessoas.
Por outro lado, ela abrange uma faixa ampla de manifestações, que vão desde a simples incorporação de espíritos sofredores até às mais complexas formas de comunicação espiritual. Talvez, pelo teor emocional, a incorporação é mais freqüente no médium feminino. Já o médium Doutrinador se inclina para o racionalismo, sendo esse o provável motivo de se encontrar maior número de Doutrinadores entre os homens.
A incorporação tem um sentido mais horizontal que a doutrina, pois esta se expande em sentido espacial.
Por essa razão, o desenvolvimento do médium de incorporação obedece a um esquema diferente do Doutrinador.
Quando chega ao Mediunismo, o Incorporador nato apresenta incômodos na parte inferior do corpo, principalmente no aparelho digestivo, rins, bexiga e outros órgãos energizados pelo plexo solar e circunvizinhos.
É muito comum, também, apresentarem incômodos na coluna.
Como conseqüência direta desses males, ele sofre cronicamente de dores de cabeça, tonturas e sintomas semelhantes.
Psicologicamente os sintomas são de fobias, alucinações, insegurança, irritabilidade, emotividade exagerada e até histeria.
A primeira medida, no seu desenvolvimento, é fazê-lo sintonizar com o seu Mentor (Veja 2º item do capítulo II). Ele é a garantia do equilíbrio do médium.
Convida-se o candidato a se concentrar, de olhos fechados, de pé, e a respirar profundamente. Mediante a aplicação das mãos, da cabeça para baixo, sem o tocar, o Doutrinador magnetiza o aparelho. Esse trabalho deve ser acompanhado de leve hipnose, através de palavras repetidas. Pede-se ao médium que imagine seu Mentor, e vai-se sugerindo sua presença, mediante chaves próprias.
Na maioria dos casos, o médium incorpora na segunda ou na terceira tentativa. Se ele apresentar sintomas de angústia, deverá ser submetido a uma enfermagem, na mesa mediúnica, e voltar ao processo.
Assim que o médium se habituar a incorporar o seu Mentor, sempre que for solicitado, e na presença de um Doutrinador, ele deve ser encaminhado à mesa e ali incorporar sofredores, assistido pelos Doutrinadores.
Continua… Preparaçãodo Médium – Funções Mediúnicas.
FONTE: No Limiar do Terceiro Milênio
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