A religião surgiu da necessidade do homem de se encontrar com o seu criador. Nos primórdios da evolução da humanidade, o homem primitivo via nas forças da natureza a manifestação deste ser criador, sentindo um misto de medo e adoração.
Surgiram, então, Deuses de toda ordem, geralmente feitos a imagem e semelhança do homem, portando a mesma carga de defeitos da humanidade que os tinha criado.
Surgiram, também, os intermediários entre os deuses e os homens, dotados, na maioria das vezes, de mentalidade superior e faculdades mediúnicas desenvolvidas, dominando consciências através do medo que impunham pelos poderes que possuíam ou fingiam possuir. Muitos praticavam a magia nativa, manipulando forças da terra, produzindo fenômenos que podiam ser bons ou maus.
Em alguns pontos da Terra surgiram focos de luz espiritual e verdadeiros intermediários entre o homem e o Poder Espiritual começaram a pregar verdades que traziam ao homem a certeza de sua origem Divina. Caldéia, Índia, China, Egito, Grécia, a luz da verdade brotava para aqueles que conseguiam enxergar através da cortina formada por muitos Deuses, cultuados pela grande massa da humanidade. Através de símbolos acessíveis apenas aos iniciados, grandes verdades se escondiam, algumas delas sendo consideradas pela humanidade atual apenas como fantasias geradas pelo imaginário popular do homem daquela época.
Infelizmente, a evolução do homem se faz pela escolha entre o bem e o mal.
Como disse Jesus, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. À medida que as religiões agregavam em torno de si um número cada vez maior de adeptos, influindo nas decisões e destinos de povos inteiros, a ambição e sede de poder, penetrou no coração de muitos homens desavisados, que viam na religião não um caminho para Deus, mas sim um meio de satisfazer os seus anseios e vaidades. Muitos desses homens, ao desencarnarem, ficavam presos ao plano astral inferior, influenciando com suas mentes poderosas e seus corações duros, outros líderes, muitos dos quais sucumbiam àquela força negra, perpetuando um reinado de sombras e sofrimento.
O Mundo Espiritual sempre trabalhou incessantemente para neutralizar as forças da ignorância. Em todas as épocas, missionários das mais diferentes linhas encarnaram na Terra, trazendo a mensagem correta, o alerta necessário àqueles que se tinham desviado do caminho. No entanto, o livre arbítrio do homem, sempre impôs limite à atuação Espiritual.
Quando Jesus chegou à terra, a situação do planeta era caótica. Nuvens negras se irradiavam do mundo físico aos planos etérico e astral, impedindo que a Luz Espiritual chegasse à Terra. Jesus foi a Luz que dissipou as trevas.
Jesus foi o grande Mestre que veio trazer a mensagem do Amor e do Perdão. Jesus trouxe ao homem sofrido da Terra, a Boa Nova: todos eram iguais, ricos ou pobres, senhores ou escravos; e todos eram amados por Deus do mesmo modo. Deus era um Pai de amor, que perdoava sempre e assim devia também fazer o homem.
Mas Jesus sabia que os seus ensinamentos estavam acima da capacidade da grande maioria da humanidade. Sabia que uns poucos o entenderiam e o teriam em seus coração. Esses poucos seriam o Sal da Terra, como os chamou e, em todas as épocas, dali por diante, sofreriam, levando sua mensagem ao coração do homem.
A sua mensagem atravessou os séculos e o Sal da terra se espalhou por todos os recantos, todos os países e povos, trazendo esperança e consolo. Quando partiu da Terra, do alto de sua cruz, chorou compadecido da humanidade e do longo caminho de dores e ignorância que ainda teria que percorrer.
De braços abertos, naquele momento supremo, abraçou, em Espírito, seus irmãos, bons e maus e, despindo-se de sua roupagem material, se revestiu de luz como a do Sol que ilumina a humanidade!
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