Existe um Deus Criador e que é a origem de tudo. Sua natureza, sua maneira de ser estão fora do nosso alcance mental. É impossível para um espírito encarnado, isto é, para nós, imaginar ou idealizar esse Deus. Qualquer concepção humana estará automaticamente reduzindo-o ao tamanho do nosso mecanismo psicológico. Essa redução é incoerente com a própria ideia de Deus.
Isso é o que, em nossos escritos você irá encontrar batizado de Antropomorfismo (portanto não se assuste muito com essa palavra).
Isso foi um beco sem saída para os filósofos do passado, até que os Israelitas, os Judeus, resolveram o problema de forma magistral: eles proibiram seu povo de usar a palavra “Deus” substituindo-a sempre por um conjunto gramatical: “Deus Pai”, “Deus Criador”, “Deus de Israel”, etc.
Os Filósofos que herdaram essa solução inteligente, e os povos que vieram depois da vinda de Jesus, tomaram isso no seu sentido literal e, acabaram construindo suas religiões sobre esse recurso de semântica. É por isso que você encontra a toda hora a imagem de “Deus” com barbas compridas e aspecto paternal.
Para complicar mais o assunto, os exegetas do Cristianismo identificaram a figura de Jesus com Deus. Mas não ficaram só nisso e, talvez para tornar esse “deus” mais maleável nas suas construções religiosas, fizeram-no gerar, como um homem que gera um filho, ao seu “filho único” que seria Jesus.
E assim foram criando outros “mistérios” que se tornaram o desespero de toda a Humanidade por todos esses Séculos. E para que tudo isso? Seria para tornar a coisa apenas como privilégio de alguns homens especiais? O fato é que inconscientemente nós sofremos com esse problema porque o identificamos com nossas angústias particulares.
Para evitar essa complicação, que não leva a parte alguma, e o que é pior, nos desvia da nossa própria realidade, da nossa vida e dos objetivos para os quais viemos a este Planeta, o Mestre Jesus resolveu tudo com poucas palavras: “Eu sou o caminho da verdade e da vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim” (João 14:06).
Neste caso, Deus seria a verdade absoluta; Jesus Cristo o portador da Verdade que leva a Deus. O “Eu”, centraliza no campo consciencional o caminho a ser percorrido por cada Ser Humano, cada qual segundo seu destino.
Vamos agora simplificar mais o problema.
Pela Doutrina do Amanhecer, nós somos seguidores do Cristo Jesus e Ele nos dá um sistema perfeito através do qual nós “sabemos”, “percebemos” e “sentimos” tudo que precisamos a respeito de Deus, não como algo indefinível, mas como o autor do nosso universo.
Com isso não é preciso gastar as preciosas energias de nossa vida, em especular a natureza de Deus. Ela é implícita e tranquila em nossa vivência Crística e não precisamos cair na pretensão fútil de definir o que é indefinível.
Post: Antonio Claudio
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