A Humanidade não sabe, nem pela Ciência e nem pela Religião, porque o nosso Planeta foi criado ou quando isso aconteceu. Tudo que sabemos é como ele se apresenta em alguns aspetos físicos e funcionais.
Doutrinariamente, nós o vemos como uma espécie de Escola para Espíritos, com as coisas sempre incertas e inseguras, verdadeiros testes permanentes para seus habitantes. Seu passado e as coisas que aconteceram antes existem para nosso conhecimento em termos de algumas coisas escritas e outras tantas ruínas em pedra. Esses testemunhos são vistos, em cada geração, pela maneira de ver dessa mesma geração, conforme a interpretação do momento.
Nessa altura você estará se perguntando o que terá isso a ver com o nosso Templo, não é verdade? Então procure seguir o nosso raciocínio e irá entender. Assimile a idéia conforme as coisas se apresentem aos seus sentidos. Vejamos o que nos diz o Professor Silveira Bueno no seu “Grande Dicionário Etimológico Prosódico da Língua Portuguesa, Edição Saraiva, 1967″:
“Templo – s.m. Igreja, lugar dedicado ao culto divino. Latim, “templum”, nos tempos antigos, o quadrado descrito pelos áugures (o grifo é nosso) já em terra, já imaginariamente no céu, dentro do qual observavam o vôo das aves e outros fenômenos, interpretando-os como favoráveis ou desfavoráveis segundo a superstição da época”.
A língua latina já existia mil anos antes da vinda de Jesus. Foi nessa língua que se conceituou a palavra “templum” que em português se pronuncia “Templo”. A palavra “áugures” significa adivinho ou a pessoa que adivinha. Conclui-se então, que “Templo” significa um local delimitado no chão e imaginariamente no céu, isto é, no ar, em cujos limites os fenômenos observados preconizavam as coisas que iriam acontecer, de bom ou de mau. O “quadrado descrito”, isto é, o local indicado, dá a entender que as informações buscadas só seriam encontradas ali e não em outro lugar. Se as aves vinham voando, esse vôo somente significaria alguma coisa no momento em que cruzava aquele espaço acima do quadrado. Porque?
Tudo indica que naquele pedaço de chão havia algum tipo de força, de energia que diferenciava o espaço acima dele de alguma forma. Por outro lado, as interpretações eram feitas apenas pelos áugures, o que significava que só eles sabiam o segredo ou tinham a sensibilidade para aquele fenômeno sutil. Em nossos dias, fato semelhante é descrito, com riqueza de detalhes, por Carlos Castanheda no seu livro “Viagem a Ixtlan” e outros do mesmo autor.
Resumindo: para operar um “templum” era necessário haver um pedaço de chão com condições diferentes e indivíduos também com condições diferentes. Transportando esse fato para o Templo do Amanhecer, nós temos um pedaço de chão ionizado e pessoas mediunizadas.
A palavra “íon” significa átomo eletrizado e, embora as propriedades dos Íons sejam cientificamente complexas, nós sabemos que eles são partículas encontradas nos raios solares. O Sol é pois, a fonte da energia que ioniza o Templo. A Lua por sua vez atua em termos de partículas negativas, digamos assim, de íons diferenciados dos íons solares. Assim nós temos duas energias básicas concentradas no espaço do Templo. É lógico que o mesmo fenômeno atua sobre toda a superfície do Planeta. No Templo, porém, ele é dirigido, concentrado pela força dos Médiuns.
Conclui-se daí que há uma relação direta, entre as energias que chegam de fora da Terra, e a energia que é emitida pelos seres que habitam o Planeta, nesse caso nós os Seres Humanos e, especificamente no caso de nosso Templo, nós os Médiuns.
Meu caro Aspirante, procure nos perdoar tanta complexidade para explicar uma coisa tão simples. A razão é que você precisa compreender e assimilar que ser Médium com M maiúsculo é muito mais importante do que habitualmente se pensa. O Templo do Amanhecer é uma potente Usina de Energia Cósmica, concentrada num espaço relativamente pequeno e ele não funciona sem os catalisadores que são os Médiuns.
Assimilado isso, você irá começar a entender o simbolismo da Pira que divide o Templo em dois. Chegue perto dela, olhe com atenção e você irá encontrar claramente representados a Terra, o Sol e a Lua.
A partir desse conhecimento, você ficou sabendo o mecanismo de sua participação na Corrente. No Templo existem energias recebidas do Sol e da Lua e em você existem energias que partem de você mesmo. Da manipulação desses vários tipos de energias é que resultam a cura, a desobsessão e reequilíbrio das pessoas que nos procuram.
Agora vamos percorrer juntos o recinto do Templo, como se você fosse um visitante e estivesse curioso para saber. Antes, porém, vamos falar sobre a Estrela que fica em frente ao Templo (Templo Mãe), chamada “Estrela de David”.
David foi um Rei de Israel, cerca de 1.000 anos antes da vinda de Jesus. Entre outras coisas, diz a lenda que ele combateu o gigante Golias, munido apenas de uma funda (objeto para o arremesso de pedras). Ele também estabeleceu o Reino de Judá em Jerusalém como Capital, levando a Arca da Aliança.
Naturalmente, as coisas que ele realmente fez se tornaram lendas e alegorias. Mas o fato fundamental é que ele ficou sendo o autor do símbolo do “Hexagrama” ou seja, dois triângulos equiláteros cruzados. Para diferenciar os dois triângulos, eles eram entrelaçados. Eles simbolizavam o Bem e o Mal, o Jeovah Preto e o Jeovah Branco, o Positivo e o Negativo. Tudo isso resulta num símbolo mais amplo: a Subida e a Descida do espírito, igual a Involução e a Evolução.
É bom que você saiba pelo menos isso dessa estrela, uma vez que ela está em quase todas as partes do Templo, no Escudo do Médium Iniciado e até nos pára-brisas dos carros. Só que a nossa estrela não é entrelaçada e nem mesmo se distingue os dois triângulos. Isso porque a nossa Corrente simboliza a Síntese mais do que a Análise.
Também é bom que você saiba que não foi David quem inventou essa Estrela. Ela sempre existiu na natureza, na formação de cristais e outras coisas. Talvez por isso ela seja um símbolo Eterno. O importante é que você saiba que seu uso pela nossa Corrente não implica filiação alguma a outros grupos religiosos ou doutrinários.
Voltemos agora à nossa estrela em frente ao Templo. Nela você verá uma seta atravessada que simboliza Seta Branca e um trecho de uma de suas mensagens:
“… Filhos – O Homem que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais será devorado ou se perderá como a ave que tenta voar na escuridão da noite…”.
Essa advertência está implícita na própria estrela: metas cármicas são o triângulo da descida; juras transcendentais estão contidas no triângulo de subida.
Logo em seguida, no anteparo da porta, você encontra o trecho do Evangelho de João 14:06 que diz:
“Eu sou o caminho da verdade e da vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”.
Dentre os profundos significados dessa frase do Mestre Jesus, nós destacamos o sentido do “EU”, ou seja, a sede da decisão, o centro do livre arbítrio, da responsabilidade individual. Essa é a base da Doutrina do Amanhecer
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