"Dos olhos meigos e mansos de nossa Mãe Iemanjá, Sete Lágrimas rolaram para as dores aliviar, sete rosas desabrocharam na Terra de Santa Cruz, prelúdio de muitas curas, em nome de Cristo Jesus”.
As filhas da cachoeira de Pai Zé Pedro e Pai João na Era dos Oito sofrida, do tempo da Escravidão, eram servos de Jesus para na Terra formar, com muita dor e tristeza a raiz do Mestre Jaguar.
Janaína, Sinhazinha, bela flor que perfumava, dava assistência aos negrinhos que na senzala choravam; o luxo, a riqueza não a fizeram feliz e abandonou tudo, tudo pra os pretos velhos seguir.
Jurema e Juremá viviam grande aflição pois sentiam todo o peso dos grilhões da escravidão. Jandaia, Janara, Iracema, Iramar da terra sofreram as dores pra sua origem voltar. Jamais se desanimaram, pois tinham fé no Senhor, que não deixa ao desamparo o filho que tem amor. Nas noites enluaradas se reuniam a cantar, pedindo a Deus proteção pras forças não lhes faltar.
Hoje nos chegam do céu envoltas em lindo fulgor e conduzem com carinho ao Mestre Doutrinador; são as princesas das águas que hoje vêm nos guiar; são as sete gotas caídas dos olhos de Iemanjá
Sigamos pois, meus irmãos, o exemplo vivo e feliz destes que nos precederam
para formar esta raiz".
(Poesia de Geni Souza Duarte, Primeira Agulha Ismênia)
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